Becos...
Eu
quis poesia ousada e bela,
e
pode ser que nem soubesse,
como
se abrisse uma janela,
por onde
o sol entrar, pudesse...
De
muitos caminhos descobertos;
eu
procurei a magia de teu sorriso
enfeitando
os lábios entreabertos,
e
um trejeito tímido e indeciso,
sabendo
que o que há para ser feito
nunca
foi, e nem nunca será dito,
porque
é um poema imperfeito;
que se
diluiu etéreo no infinito...
Talvez
mudasse rumos na história;
mas
não se transforma o imutável,
nem
mesmo por poder e glória,
já
que a busca é infindável
no
intuito puro de ser feliz...
Aí,
já não importa o que espero,
o
que tu desejas e o que eu quis,
o
que querias e o quanto quero;
pois
caminhos são muitos e tantos
no
curso exíguo de uma só vida;
mas
nenhum tem tantos encantos,
quanto
esse beco sem saída...
Franca,
1.999, Novembro, 24.
José
Carlos Rodrigues
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