Nada
mais inquietante do que não
saber onde ir. Quando olhamos as
estradas e caminhos que se
apresentam diante de nós e nos
faltam as forças para seguir por
esse ou aquele, falta coragem,
motivação e nossa maior vontade
é nos abandonar.
Pior, muito pior, é conhecer as
respostas e, ainda assim, sentir
o desânimo da caminhada nessa
estrada que parece nunca ter
fim. O conhecimento, todas as
teorias que vamos acumulando em
nós, não nos servirão de nada se
não os colocarmos em prática.
É como ter livros de receitas
guardados em gavetas. Tudo
parece delicioso, mas se nos
faltam os ingredientes e a
coragem para juntá-los,
continuarão fechados.
Prático, muito prático é ter
alguém que faça por nós. Mas a
vida, os amigos e a família não
são cadeiras de rodas, não são
meios de locomoção, eles são
nossa força e nossa alegria.
Porém, precisamos aprender a
andar por nós.
É necessário pegar as rédeas da
própria vida, ter o controle, a
direção. Há coisas que ninguém
pode fazer por nós e viver está
entre elas. E viver no sentido
real, sentir na pele e na alma
os acontecimentos que movimentam
o mundo, os doloridos e os que
nos encantam.
Fechados em casa, sem espaço,
limitados pelas paredes e pelos
sofrimentos, vamos nos afundando
num poço sem fundo, do qual será
muito difícil nos levantar. É
preciso reunir a coragem e a
força, misturar a alegria de
viver com o sonho de se chegar a
algum lugar, dar passos e abrir
os braços à vida.
Aprendemos com os outros, mas
não podemos contar que farão as
coisas por nós. Suas vidas nos
servem de exemplo, mas não nos
fazem viver suas experiências.
Estas são, com tudo o que elas
trazem ou podam, nossa quota.
Se a vida tiver que te
transformar, que seja então em
alguém melhor.
Não há melhor momento que o de
agora para se pegar as rédeas da
vida e dirigi-la. O ontem passou
e o amanhã está adiante...
ame-se o bastante para construir
seu abrigo. Creia, muitos são os
que precisam da sua sombra e
bem-aventurado é o homem que,
assinando sua obra dá de si, a
si e aos outros.