Quando chegou o tempo previsto para Maria dar à luz,
procuraram um lugar para que a criança nascesse. Mas portas foram fechadas e,
com tantas casas, não havia lugar.
Meu coração sempre doeu ao ver isso nas
representações do Natal, por que eu nunca entendi como corações podiam ser assim
tão endurecidos. Havia lugar para tantas coisas, mas não havia para o Mestre de
todos os mestres.
E hoje ainda é assim. Há lugar para muito em nossas
vidas. Temos dias repletos, preenchemos com coisas que nos fazem bem, outras nem
tanto, ganhamos tempo aqui, perdemos aqui... mas para Jesus ainda não há lugar!...
Nós, que nos julgamos bons, sensíveis e sábios,
acolhemos a vida, não somos diferentes das pessoas que disseram não quando Jesus
devia vir ao mundo. Nós também nem sempre damos lugar. E Ele continua Sua
estrada... à procura de uma porta aberta, uma vida disposta a recebê-lo.
Penso nas pessoas que naquela época perderam a
oportunidade de ver nascendo em suas casas o próprio Filho de Deus, Rei de todos
os reis, Senhor de toda a terra.
Que isso sirva para nossa reflexão: perdemos bênçãos
nas nossas vidas por que não sabemos dar lugar, não sabemos abrir a porta e
acolher.
Diz a Bíblia: "Guardai a hospitalidade, pois muitos
sem saber hospedaram anjos."
Que nossos corações possam ter todas as portas e
janelas sempre abertas a Deus e aos outros, não só no Natal, mas em todos os
dias do ano!...