Quando
comparam pais e filhos, há algo que se diz aqui: "a fruta não cai longe da
árvore."
Portanto,
cai sim, muitas vezes e até com mais freqüência do que se pensa.
Se filho
de peixe, peixinho é, como bem diz o ditado, nossos filhos não são nós, ou
melhor, não são o que somos. Geralmente não.
Há pais
que tentam projetar seus desejos nos seus filhos e querem escolher para eles
um bom futuro. É digno, levando-se em consideração nossa responsabilidade de
educar e dar alicerce. Mas há um limite.
Pessoas
podem ser parecidas, mas não são iguais. É com orgulho que dizemos que
nossos filhos têm nossas características, mas se amanhã ou depois eles
decidirem trilhar um caminho diferente do nosso, temos que que aprender a
respeitar, mesmo se não estivermos de acordo.
Sonhos são coisas individuais e muito pessoais e tentar
compreender os sonhos dos outros é perda de tempo, é como sentir uma dor que
a gente não sente ou experimentar uma emoção que não tocou nossa alma.
Não podemos viver por procuração através dos nossos filhos.
Não podemos projetar neles nossos desejos e nossas frustrações e não podemos
impedir que cometam erros, indispensáveis ao aprendizado e amadurecimento do
ser humano.
Cada um de nós pinta sua
própria tela, escreve a própria história e, principalmente, a vive.
Amar não é modelar o outro
com as nossas mãos para que ele seja parecido com o que desejamos, mas é
olhá-lo e amar a felicidade dele por trilhar o caminho que escolheu.
Letícia
Thompson
contact@leticiathompson.net
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