Falando
de
outras
maneiras
©
Letícia Thompson
As
crianças,
bem mais
que
adultos,
utilizam
diferentes
formas
de
comunicação.
Se elas
são
espontâneas
muitas
vezes,
em
outras
não
sabem
direito
como
exprimir
o que
sentem e
acabam
se
manifestando
em atos
que
podem
ser mal
interpretados.
Bebês
se
comunicam
através
do choro
e podem
pedir
colo,
atenção,
comida
ou
carinho,
sem que
uma
palavra
saia da
boca.
Um
pouco
mais
tarde, a
criança
se
comunica
através
das
artes,
que não
são de
modo
algum a
vontade
de fazer
algo
errado,
mas a
curiosidade,
a
descoberta
do mundo
e,
principalmente,
chamar a
atenção
para a
sua
existência,
em
particular
se uma
outra
criança
estiver
a
caminho.
E é com
naturalidade
que dão
de si,
que
abraçam,
beijam,
dizem te
amo. A
maneira
como o
adulto
recebe e
corresponde,
vai
determinar
o
comportamento
dessa
mesma
criança
com
outras
pessoas
na idade
adulta.
É por
isso que
muitos
adultos
não
conseguem
chegar
para os
pais e
dar
aquele
abraço
espontâneo,
sincero,
sem
barreiras.
E elas
usam
outras
maneiras
para
dizer
que
amam,
por que
amor
existe,
sem
dúvida.
Ele só
não
consegue
é ser
expressado.
Quantas
vezes
não
dizemos
te amo
ao nosso
melhor
amigo e
quando
estamos
diante
dos
nossos
pais nós
nos
calamos?
E
principalmente
quando
chega
assim
uma
ocasião
especial,
o
coração
fica lá
gritando
e
gritando
e a
gente
não faz
nada, a
gente se
sente
como um
estrangeiro
diante
daqueles
que nos
conheceram
a vida
inteira!...
No
nosso
interior
dizemos
te amo,
por que
sabemos
o quanto
nosso
coração
palpita.
Mas
trocamos
nossas
palavras
por uma
visita,
um
abraço
rápido
ou até
um
presente.
E
então o
tempo
passa...
e quando
os
nossos
começam
a descer
a
pirâmide
da vida,
muitas
vezes
são eles
que
falam de
outras
maneiras
o quanto
precisam
de nós,
da nossa
atenção,
presença
e,
sobretudo,
amor. E
eles
ficam
doentes,
tornam-se
ranzinzas,
reclamam
disso ou
daquilo,
quando
tudo o
que
querem é
um
abraço
longo,
apertado
e um te
amo que
talvez
nunca
tenha
saído
dos
próprios
lábios.
Que
bom
seria
se,
compreendendo
isso, as
pessoas
pudessem
transformar
a agonia
do
coração
em um
gesto
inesperado
de
ternura
e
quebrar
todas as
barreiras
existentes!...
Que
bom
seria se
pudéssemos
dizer eu
te amo
enquanto
ouvidos
surpresos
ainda
pudessem
ouvir,
se
pudéssemos
oferecer
flores
enquanto
olhos
atentos
pudessem
ainda
apreciá-las!
Tenho
certeza
que isso
diminuiria
muito as
visitas
aos
médicos
e isso
resolveria
muitos
dos
problemas...
do
coração!
Letícia
Thompson
contact@leticiathompson.net
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