Dor
de Amor
Porque dor de amor dói assim? E é nas madrugadas que ela vem, Chega de mansinho, E quando dá-se conta, Está ali, presente. Se tornando nossa algoz, Tomando conta de nós. E como um monstro, Quer sufocar, Apertando o coração A mente, o corpo todo. Acabando com a vontade de amar. Vem junto com ela a saudade, Sorrateira e com maldade, Com requintes de crueldade, Matreira. Chega como simples lembrança, E avança, Como água de chuva na calçada, Trazendo a lembrança da amada, Que está longe, E nem vem mais. Que se foi numa noite qualquer, Quando deveria ficar. Que foi levando-me tudo, Até a vontade de sorrir, Que partiu, sem dar importância, Nas juras de amor que eu fiz, Que levou toda a minha alegria, E nunca mais serei mais eu, Pois durante a sua partida, Algo dentro de mim morreu.
Mario Teixeira - novembro/2001 |
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