Ciúmes
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Como faca afiada é o
ciúmes,
Me rasga o peito,
me corta por dentro,
Corro, me escondo, fujo
Esbravejo, resisto, luto
mas não resisto, falta
alento.
Quebro meus discos,
Rasgo os meus versos,
Arranho meu corpo,
Fico insano, louco,
Perco o tino, me
desespero.
Quebro os cristais,
Queimo os retratos,
Me aplico penitências
E estando sem
consciência,
Meu pobre coração
maltrato.
Mas depois que o ciúmes
se vai,
Fico sem jeito, perco a
graça,
Pois vejo que não tem
motivo
O mal que me tem
afligido
E o ciúmes desvanece e
passa.
Me lembro da tua voz,
Jurando amores eternos,
Lembro dos teus
carinhos,
Do teu adorável
jeitinho,
E me torno um homem mais
terno.
Como posso ter ciúmes,
Se tu diz que só me vê,
Entregou a mim tua vida
Sendo a Noiva querida
Que para sempre vou ter.
Sabe o porquê do meu
ciúmes?
É por te querer e te
amar,
E ter a insegurança,
Como se fosse uma
criança,
De você partir, me
deixar.
Alexandre Rogério
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