Às mães que ficaram
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Letícia Thompson
Quão dolorosa é essa missão de ser passagem, esse canal, essa ponte que liga o nascimento e o início da eternidade!
Quão benditas são essas mães que acolhem e entregam, não sem dor, não sem desespero, não sem ais, mas que ainda assim amam o tê-lo sido, o ter experimentado as alegrias da maternidade.
Mães que sobrevivem aos filhos são obrigadas a viver sem um pedaço de si para a vida toda, elas encontram forças para viver nas lembranças e no que ficou; precisam aprender a viver mancas e continuar caminhando apesar de tudo.
São flores podadas bem antes do outono, contrariando a natureza e a ordem natural de todas as coisas, que é o nascer, produzir e deixar atrás de si sementes...
Mães valorosas e corajosas, que o são e continuarão, mesmo se o seu fruto já não mais está... a todas vocês a vida, a eternidade e a esperança contínua de que um dia e para sempre, Deus as acolha e bendiga um reencontro entre vocês e seus frutos!
Letícia Thompson
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