Uma
janela
nos céus
©
Letícia Thompson
As
etapas
que
atravessamos
na vida
nada
mais são
que
degraus
que
subimos
ou
descemos,
segundo
os
caminhos
que nós
mesmos
escolhemos,
os
atalhos
que
preferimos
e onde
decidimos
deitar
nossa
cabeça.
Padecemos?
Sim...
de vez
em
quando
precisamos
dessa
parada
que nos
dá a
consciência
que nada
somos
aqui
além de
filhos
em busca
de uma
terra
prometida.
Porém
sabemos
que
nosso
maná
nunca
faltará,
seja
qual for
o
caminho
percorrido
e o
quanto
falta
ainda
pela
frente.
Depositamos
demais
nossa
confiança
naquilo
que
somos e
no que
nos
cremos
capazes
e vez ou
outra
precisamos
dessa
ducha
fria que
nos faz
acordar
para que
tenhamos
a
humildade
de orar
de
cabeça
baixa e
a
grandeza
de
abandonar
nosso
mais
profundo
eu aos
pés da
Cruz.
Damos
importância
demasiada
a certas
coisas
como se
a
própria
razão da
vida
dependesse
delas. É
assim
com um
pequeno
corte no
dedo ou
uma
ferida
na alma
que fica
doendo
as vinte
e quatro
horas do
dia. Não
importa
se o sol
brilha,
se a
chuva
sacia,
se a
comida
está boa
ou a
saúde
perfeita.
Isso
prova
nossa
insaciedade
diante
da vida.
Não há
ninguém
para
quem
tudo dá
sempre
errado e
ninguém
para
quem dá
tudo
certo.
Tudo são
fases
que
atravessamos,
caminhos
às vezes
que
parecem
longos e
intermináveis,
principalmente
quando é
o lado
dolorido
da vida
que se
apresenta.
Mas...
O
importante
não é
não
se perder,
nunca
errar,
não
pecar,
não
tomar
decisões
erradas
e ser
alguém
exemplar.
Essas
coisas
são
objetivos
que
tentamos
alcançar
e
quanto
mais
degraus
subimos,
mais nos
aproximamos
da
perfeição.
O
importante
mesmo
é
saber levantar,
erguer
a
cabeça,
olhar
para
frente; é ter
a
coragem
de
admitir
as
falhas,
a
humildade
de
pedir
perdão,
calar
na
hora
certa
e
falar
quando
o
silêncio
parecer
insustentável;
o importante
é
deixar
as
lágrimas
caírem
e nem
por
isso
se
sentir
diminuído.
Deus não
conta os
degraus
que
subimos
ou
descemos.
Nossa
vida é
que
conta,
sofre ou
se
alegra.
Deus é
Aquele
que está
no mais
alto
degrau
estendendo
a mão e
é o
mesmo
que está
na terra
com os
braços
eternamente
abertos
e
prontos.
Há e
haverá
sempre
uma
janela
aberta
nos céus
para nos
acolher
e o
caminho
talvez
não seja
o mais
fácil,
mas é
certamente
aquele
que vai
ter
feito
nossa
vida
valer a
pena.
Letícia
Thompson
contact@leticiathompson.net
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