Quando
faz frio no coração
©
Letícia Thompson
Todo
nosso eu é construído do
emocional. E a soma dos
acontecimentos, o tamanho deles,
a forma ou o momento em que
chegam criam barreiras entre nós
e os outros, às vezes nós e o
mundo.
Quando
faz frio no coração, nós nos
afastamos de tudo aquilo que
poderá tocá-lo. Criamos um muro
invisível para protegê-lo e
proteger-nos, duvidamos das
pessoas, da sinceridade delas,
das suas boas intenções.
Esses
invernos rigorosos da vida fazem
com que nos sintamos mais sós,
nos esquecemos de olhar um pouco
para fora e olhamos muito para
dentro. E quando mais pensamos
nas nossas tristezas, mais
tristes nos sentimos, o que cria
esse círculo vicioso do qual é
difícil se livrar.
E
quando esses períodos de festas
se aproximam em que todos falam
tanto de amor, solidariedade,
perdão e compreensão, o que
possuem o coração apertado o
sentem mais pequenininho ainda.
Uma
maneira de reverter essa
situação, é oferecer o que
precisamos. Mudando nossa
mentalidade, mudamos o mundo.
Para abrir o coração das
pessoas, precisamos abrir o
nosso.
São
nossas mãos que devem derrubar
as primeiras barreiras que nos
separam das pessoas e da vida. É
a luz que possuímos que deve ser
a primeira a nos aquecer,
a iluminar nossos passos,
ninguém pode ver por nós,
caminhar por nós e menos ainda
sentir por nós.
Quando
fazemos pelos outros, estamos
concentrando nossas energias em
algo externo a nós e quando
pensamos menos na carga que
carregamos, ela parece mais
leve, mais suportável.
Quando
faz frio no nosso coração,
devemos agasalhá-lo para que ele
passe melhor pelo inverno, que
passará, como passam todas as
outras estações.
Aquele
que aprende a plantar uma flor,
planta muito mais que uma flor,
ele faz nascer a esperança no
mundo.
Letícia
Thompson
contact@leticiathompson.net
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