Por onde começar
©
Letícia Thompson
Sonhos, planos e objetivos temos aos
montes. O que nos falta, nos dizemos, são as oportunidades para realizá-los,
falta o começo do fio, o primeiro degrau, o primeiro caminho de uma estrada que
prevemos longa e rica.
Perdemos um grande tempo por que nos
conhecemos o bastante para saber quais são nossos desejos, mas não o suficiente
para acreditar que podemos chegar ao fim deles. Claro, essa regra não se aplica
a todo mundo e é por isso que o mundo continua a andar.
Há quem chegue a uma certa idade e se ache
velho demais para construir. Essas pessoas olham para trás e admiram os que
consideram fortes e determinados e se dizem que tudo o que eles mesmos fizeram
foi viver o dia-a-dia como o mais comum dos mortais. E mesmo se os sonhos não
morreram em si, acham que agora é tarde para tentar encontrar o caminho ao qual
teriam dado o primeiro passo.
Claro, voltar atrás é impossível. O que é
possível ainda é não se considerar velho demais e nem morto em vida, é saber que
o mundo continua enquanto nós continuamos e que, mesmo se precisamos rever
nossos planos e traçar outros, sempre é tempo de começar algo.
Não é por que corremos o risco de nunca ver
as flores que devemos deixar de plantá-las. Se não alcançarmos a bênção de
vê-las floridas, outros o farão, sentirão seu perfume e pensarão em nós.
Os que esperam o tempo de saber onde
começar nunca fazem nada, porque a idéia já é o começo e as atitudes a serem
tomadas para dar vida a ela são os passos seguintes.
Quando não sabemos por onde começar,
devemos começar pelo que sabemos, nos aplicar nas pequenas coisas e pequenos
detalhes que, juntos, poderão realizar grandes coisas.
Se você tem planos no fundo do seu coração
para fazer o bem, a caridade e não começa por que não sabe por onde, comece com
seu irmão, a casa do seu vizinho ou com seu colega de trabalho. A gentileza, o
dom sincero de si e a bondade, são recursos que temos naturalmente.
O que você parece insignificante, para uma
outra pessoa pode ser o ponto que vai transformar sua vida.
Quaisquer que sejam nossos projetos,
comecemos pela fé de que se realizarão. Depois podemos olhar para nossas mãos e
ver o que já possuímos, o que pode ser aproveitado.
O fato é que de braços cruzados nunca
chegaremos a voar por nós mesmos. Mesmo os pássaros quando voam e procuram
alimentos estão sempre de asas abertas, observam o mundo, o movimento e
descobrem onde podem pousar.
Ponha amor nas mãos e mãos à obra! É bem
conhecido que grandes feitos sempre começaram por pequenos passos.
Letícia Thompson
contact@leticiathompson.net
|