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©
Letícia Thompson
Uma
das
coisas
mais
difíceis
para
qualquer
ser
humano é
o não
julgar.
O que
chamamos
de
primeira
impressão
é em si
um
julgamento
e afirma-se
mesmo
que é o
que
conta, o
que fica,
o que
importa.
É
difícil
colocar-se
em lugar
neutro
diante
de um
primeiro
encontro,
um
primeiro
olhar,
uma
primeira
conversa.
Julgar
faz
parte da
nossa
natureza
e se uma
pessoa
não
causa
impressão
nenhuma
à outra
deve
haver
algo
muito
errado.
O que
não
podemos
fazer é
continuar
nessa
impressão,
sobretudo
se for
negativa,
sem dar
ao outro
a
oportunidade
de fazer-se
conhecer
ou a uma
situação
a
oportunidade
de ser
esclarecida.
Se
julgar
pode
parecer
natural,
fechar-se
nesse
julgamento
pode nos
impedir
de ver o
outro
com a
luz
clara do
dia, de
outra
maneira,
com
outros
olhos.
Nesse
meu
aprendizado
da vida,
já me
enganei
muitas
vezes e
sei que
já se
enganaram
comigo.
As
pessoas
nem
sempre
são o
que
parecem
e muitas
vezes
parecem
o que
não são.
Frequentemente,
por
detrás
de uma
capa de
indiferença,
existe
um
coração
sofrido
e
endurecido
pela
vida e
que só
pede um
pouquinho
mais de
atenção.
Escondido
atrás de
alguém
que fala
demais
pode
existir
um ser
que
sente-se
infinitamente
só.
Se
não
cavamos
a terra
e não
procuramos,
não
achamos
ouro e
os
diamantes
precisam
de muito
mais
trabalho
para
serem
encontrados.
A
simpatia
cria
laços
imediatos
e a
antipatia
direta
corta
toda
possibilidade
de
encontro
real com
o outro.
Dizem
que
quando
isso
acontece
há
sempre
uma
ligação
daquela
situação
a alguma
outra
coisa,
ou seja,
se
julgamos
imediatamente
uma
pessoa
antipática
é porque
algo
nela nos
faz
lembrar
outra
pessoa
ou outra
situação.
Transferimos
nossos
sentimentos
e
impressões
segundo
aquilo
que
vivemos
e não
levamos
em conta
que duas
pessoas
não são
iguais.
Deixamos
de ver o
indivíduo
como
exemplar
único da
criação
Divina e
cometemos
um grave
erro.
Por
que não
damos
oportunidades,
perdemos,
invariavelmente,
oportunidades.
Nossos
corações
são
cegos e
por isso
nos
fechamos
tanto.
Muitas e
preciosas
são as
pessoas
preciosas
que
passam
por nós.
Algumas,
entretanto,
precisam
de um
olhar um
pouco
mais
longo e
cheio de
atenção.
Se
quero
que
todos
vejam a
dor ou o
amor
dentro
de mim
para que
eu possa
me
justificar,
devo
agir de
maneira
igual
para com
todos.
Devo ver
além da
pele, da
situação,
da
aparência
enganosa.
Devo me
esquecer
das
etiquetas
que
colamos
sem
perceber,
devo
abrir
mais
vezes os
olhos do
meu
coração.
Letícia
Thompson
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