A paz interior é esse
caminho que queremos todos atravessar. É essa senda onde as culpas
ficaram para trás, o sentimento de dever cumprido fica presente e o arco-íris
aponta para o infinito. Buscamos todos, com vontade, força, verdadeira luta.
Somos, talvez, um pouco
desajeitados nessa nossa busca. Queremos sim, com a força do nosso coração e da
nossa alma, mas tropeçamos sempre nesses sentimentos humanos que nos fazem, se
não iguais a todo mundo, bem parecidos.
Acumulamos os restos do dia,
nos esquecemos de varrer a casa da alma a cada noite para o repouso tranqüilo e
reparador para o novo recomeço na manhã seguinte.
Temos dificuldade em
perdoar, esquecer, passar por cima e ir em frente. E a alma se inquieta, a paz
tarda a chegar porque colocamos, nós mesmos, impedimentos. Achamos que dar o
braço a torcer e seguir em frente seria nos curvar e somos por demais orgulhosos
para isso. Optamos, então, por buscar a paz de outras maneiras. Outras
maneiras... como se existissem...
Não haverá paz no mundo
enquanto ela não começar no coração do homem. Enquanto esse mesmo homem não
começar a tirar de si as pedrinhas que incomodam a si e aos outros e não pensar
na felicidade alheia como um objetivo tão importante como a felicidade própria.
Não haverá paz interior
enquanto o exterior estiver em guerra, enquanto não compreendermos que somos o
sal da terra e que se nossa luz não brilhar todos os caminhos serão escuros.
A paz interior não está no
alto ou em baixo, nos mares ou nas montanhas e nem mesmo nas maravilhosas flores
que tanto nos fascinam.
A paz interior começa onde
começa nossa compreensão de que nada somos se de nós não damos. Se não a
encontramos, é porque buscamos errado. Ela não começa do lado de fora, ela
começa e se termina em nós.