A vida não nos oferece garantias.
Quem ousaria assinar embaixo de
uma decisão e afirmar que ela é
cem por cento boa, sem nenhuma
margem possível de engano?
Enfrentamos todos situações
assim, onde nos sentimos lá e cá,
temos que tomar uma decisão e
não sabemos exatamente qual
caminho escolher. Muitas vezes
sabemos até o que queremos (e o
que não queremos!) porém não
podemos afirmar com certeza que
aquilo será bom para nós, por
mais que nossos sonhos nos levem
para longe.
O que nos impede de querer tomar
decisões são as possíveis
conseqüências delas no nosso
modo de vida. Nessas horas
recorremos aos amigos ou alguém
em quem tenhamos confiança. Mas
não podemos nos esquecer de uma
coisa: pedir conselhos pode ser
bom e útil para avaliarmos as
situações, mas não transfere a
responsabilidade que pesa nos
nossos ombros.
Mas, claro, colocamos o pé nessa
estrada da vida e o jeito é
caminhar.
Só é preciso, nesses momentos,
evitar os extremos: nem tomar
decisões precipitadas e nem
levar um tempo infinito pensando
no que fazer. Devemos pedir a
orientação dAquele que tudo sabe
e tentar reconhecer os sinais
que nos indicarão o caminho...
sem nos esquecer que nossa
condição humana somada aos
nossos desejos podem nos
conduzir a caminhos errados. Mas
se devemos ir, então, façamos a
nossa bagagem e peguemos esse
trem.
O tempo vai nos dizer se o que
fizemos foi acertado ou não. Só
mesmo o tempo. Vamos esperar a
estação dos frutos. Se forem
bons, saudáveis, é que a árvore
é boa e então é só seguir em
frente. E se por acaso não
houver, se as dificuldades nos
mostrarem que erramos, nada nos
impede de reconhecer nosso erro.
Nada, a não ser nosso orgulho.
O fracassado não é o que erra e
assume, mas o que desiste de
tentar de novo. O orgulhoso que
teima numa decisão errada só
para não ter que admitir, a si e
aos outros, que não fez a boa
escolha, vai continuar no
caminho e será obrigado a comer
desse pão para o restante dos
seus dias.
Aos outros novas oportunidades
serão dadas, novas árvores serão
plantadas e os frutos vão se
oferecer a ele como o maná, um
presente vindo do próprio Deus.