A beleza interior
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Letícia Thompson
Seria hipocrisia de nossa
parte dizer que as aparências não contribuem nesse mundo onde a imagem
funciona como um cartão de visitas: é o que se vê em primeiro lugar, o que
chama a atenção ou provoca, de imediato, uma reação positiva ou contrária.
Ignorar fatores da
realidade que vivemos não nos faz melhores, mais humildes, humanos ou sábios.
Saber cuidar de si com o mesmo carinho e atenção com o qual cuidamos das
coisas que mais amamos é sinal de sabedoria.
O que não podemos e devemos
evitar é que as aparências nos enganem e maquiem as verdadeiras
belezas que estão no interior de cada um. Aquelas coisas tão especiais e
essenciais que só podem ser vistas quando abrimos os olhos do nosso coração
e da nossa alma.
É quando vemos através das
aparências e penetramos no eu de cada pessoa que percebemos as riquezas que
se escondem, que as conhecemos verdadeiramente.
Aprendemos com a vida que
as aparências não somente enganam ou criam idéias falsas e preconceitos, mas
que com o tempo elas se apagam.
A beleza exterior não é
eterna. Mas a que vem do interior não cria rugas, a terra não consome e se
ela deve se modificar é para ficar ainda mais aprimorada com a idade e as
vivências.
A bondade, o altruísmo, o
amor que nos torna compreensivos e tolerantes são belezas invisíveis, mas
tão enriquecedoras que tornam o mais comum e simples dos mortais em um ser
excepcional.
Talvez seja por isso mesmo
que, segundo a Bíblia, Jesus veio da forma mais simples e fisicamente não
possuía atrativos. Tudo o que nos deixou e ensinou perdura até hoje, ficará
amanhã e ainda por séculos e séculos.
E só aqueles que foram e
são capazes de ver através das aparências é que souberam amá-lo de todo
coração, de toda alma e de todo entendimento.
Só os que entendem
isso nos dias atuais é que podem crescer em sabedoria, dão-se aos outros sem
contar e se dirigem, passo a passo, na direção dos braços do Pai.
Letícia Thompson
contact@leticiathompson.net
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